Quantidade de Espreitadelas

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Assim caminhamos...


Ando a "remoer" há algum tempo um dos problemas que mais me aflige no meu trabalho... e para quem tenho de trabalhar TODOS OS DIAS! 

É assim:
- Em 2009 INVENTARAM a escolaridade obrigatória até ao 18 anos e/ou 12º Ano;
- As respostas formativas para os miúdos destas faixas etárias foram, em meu entendimento, tratadas como "MEDIDAS DE PRONTO A VESTIR", integradas na escola ou, simplesmente, deixaram de fazer parte de uma resposta...
- Há adolescentes a quem a escola nada lhes diz, confrontam adultos e pares diariamente, causam distúrbios nos espaços escolares, entram em absentismo e, consequentemente, em abandono... Por tudo! Pelos modelos que "copiam", pela desvalorização, pela auto-estima, pela falta de recursos...
- No inicio deste ano vi anunciar-se o fim do PIEF (Programa Integrado de Educação e Formação) no modelo que vigorava, para "inventarem" algo parecido que mais se assemelha a um projecto que primeiro que avance, o tempo passa, os miúdos crescem, e o objectivo inicial... perdeu-se!
- Acabo de ouvir que o ensino secundário PÚBLICO vai ser alvo de propinas...

Terei ouvido bem???

Então, se a escolaridade é OBRIGATÓRIA até ao 12º Ano, não deverá a mesma ser GRATUITA...???? 

Não tenho bola de cristal, nem sou arraçada de bruxa, mas tenho a FORTE sensação de que a ausência de sensibilidade, a completa ignorância e incompetência dos governantes deste país, que adoram fazer experiências com o povo, vai fazer crescer o número de casos de abandono escolar nas Comissões de Protecção de Crianças e Jovens e, consequentemente, nos Tribunais... E cá estaremos para bater com a cabeça nas secretárias, ouvir as lamentações dos pais que "não tem dinheiro para pôr comida na mesa, quanto mais mandar os moços para a escola!!!", e não saber o que fazer...

Perante isto, só me apraz soluçar que as ditaduras vingaram pela ignorância das pessoas...

... E para lá caminhamos...

domingo, 25 de novembro de 2012

Assim...

 
 
... O novo irá substituir o antigo...
... E não pode deixar de se lembrar que tudo tem uma razão de ser, e que amanhã é sempre outro dia...
... E que a vida é feita de fases, começos, fins e recomeços...
 

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Amor Espiritual

"O amor espiritual é ter um coração grande capaz de acomodar o mundo inteiro.
 
O amor é a qualidade principal em qualquer relacionamento, mas o amor espiritual é aquele que jamais causa tristeza. Em primeiro lugar, é amor pela verdade, e quando há a experiência da verdade no eu, o amor torna-se um fogo que destrói a negatividade.
 
 
No amor espiritual há a experiência da individualidade sem ser individualista. É um amor doador, que não busca retorno, assim como o Sol não procura reconhecimento do seu brilho. Não cria dependência, é real e puro.
Quando consegue afastar-se do egoísmo e do apego, você pode dar força espiritual, isto é, amor espiritual aos outros.
 
Não há necessidade de pensar que você precisa ter misericórdia com essa pessoa, ou precisa ter respeito com a outra. O respeito e a misericórdia são naturais. O sentimento de benevolência reina e a compreensão orienta os passos".
 
(Ken O' Donnell/Brahma Kumaris)

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

O caminho

"Quando pensamos em viver o melhor possível, tendemos a cair na asneira de achar que viver bem é viver na ostentação, no conforto e mais… livremente (ou será levianamente?) que também pode ser, desde que se dê relevância, ao que é mais importante: a nossa evolução espiritual; o suplantarmo-nos, o transcendermo-nos.
Esta é a nossa verdadeira missão na Terra e é a última coisa em que pensamos...
 
Mais tarde ou mais cedo, todos, sem excepção, vamos atingir a Iluminação, então porque não começar já a trabalhar nisso?
 
 
"Não existe um caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho." (Gandhi)


Muitos de nós cravam os olhos no horizonte, no futuro, nos objectivos e acabam por perder o agora, o próprio caminho, todos os bons momentos, os pequenos e grandes detalhes tão importantes, os pequenos e grandes eventos/lições do dia-a-dia.
 
É claro que quando chegam – os que chegam - à conquista, o sabor da vitória é quase insípido e efémero.
Não será o segredo da vida viver cada dia como se fosse o último?
E quem nos garante que não será?
 
Deveríamos dar mais valor ao que temos, em vez de nos deixarmos consumir pelos desejos que nunca acabam e são cada vez maiores..."
 
 
Vera Xavier

 

domingo, 18 de novembro de 2012

O tamanho de cada um...

Os tamanhos variam conforme o grau de envolvimento...
 
Uma pessoa é enorme para si quando fala do que leu e viveu, quando o trata com carinho e respeito, quando o olha nos olhos e sorri destravado. É pequena quando só pensa em si mesma, quando se comporta de uma maneira pouco gentil, quando fracassa justamente no momento em que teria de demonstrar o que há de mais importante entre duas pessoas: a parceria nos sentimentos e nas acções.
 
Uma pessoa é gigante quando se interessa pela sua vida, quando procura alternativas para o seu crescimento, quando sonha conosco. E pequena quando se desvia do assunto.
É grande quando perdoa, quando compreende, quando se coloca no lugar do outro, quando age não de acordo com o que esperam dela mas de acordo com o que espera de si mesma. É pequena quando se deixa reger por comportamentos estereotipados, comuns...
 
 
 
A mesma pessoa pode parecer grande ou pequena num relacionamento, pode crescer ou decrescer num espaço de poucas semanas.
Uma decepção pode diminuir o tamanho de um amor que parecia ser grande. Uma ausência pode aumentar o tamanho de um amor que parecia ser ínfimo.
 
É difícil conviver com esta elasticidade: as pessoas agigantam-se e encolhem-se aos nossos olhos.
O nosso julgamento não é feito através de centímetros e metros, mas de acções e reacções, de expectativas e frustrações.
 
Uma pessoa é única ao estender a mão e ao recolhê-la, inesperadamente, torna-se mais uma. O egoísmo unifica os insignificantes
Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande... É a sua sensibilidade, sem tamanho...
 
 

Amigo..

"Os que se colocam com sinceridade nas conversas, em geral, acabam cativando com sua postura aquelas pessoas que buscam relações verdadeiras.
 
As verdadeiras relações de amizade derivam das conversas íntimas e, através delas, da constatação da existência de afinidades importantes.
 
Amigos de verdade são os que jamais usam o que sabem contra nós, que se divertem conosco até quando as conversas são tolas, não nos julgam.
 
 
"Amigo" é termo que deveria ser reservado exclusivamente para aqueles que conquistaram nossa confiança e de cuja lealdade não duvidamos"
 
Flávio Gikovate

A mania de bloquear o Amor!

"As pessoas não demonstram o que são por medo, criando, então, uma inverdade no seu ambiente. A imagem que passam, não é a real, uma vez que estão passando o que convém e não o que realmente são. Gerou-se assim a mentira, como sendo uma coisa boa, pois é melhor mentir inventando uma falsa imagem, que colocar-se como realmente se é.
 
O que não é verdade, não está dentro da realidade. Então o outro acaba por sentir uma sensação de insegurança em relação a nós. Isso porque a sua mente guardou a idéia de que aquilo é falso. Nós podemos esconder as palavras, mas a energia fica impregnada em nossa aura.
Aquilo que passamos não é de confiança...
 
A verdade gera uma energia de luz, pois tudo o que é feito com o coração tem luz, pois reflete o nosso melhor. Esse melhor não está como supomos, naquilo que idealizamos como bom, mas sim naquilo que reflete a nossa essência.
A Luz que foi gerada com esse melhor estará refletida, em todo o seu ser e você acaba por transformar-se em luz.
 
Quando as pessoas olharem para si, sentirão uma inexplicável sensação de bem estar do seu lado. É como se o outro nos pudesse ver por dentro. Vê-nos por inteiro, pois não estamos escondidos, mas nos colocámos todos para fora. E nós estamos inteiro, pois passámos a nossa verdade.
Como consequência torno-me transparente e as pessoas começam a sentir-me, como nutritivo e vão querer estar sempre ao meu lado.
 
Se eu esconder o meu amor com medo de sofrer, não vão senti-lo em mim. A consequência é que não vão passar amor de volta... Sentem-se inseguros em relação a mim.

Se o outro não puder sustentar-se no meu amor vai duvidar do próprio sentimento, não se definindo se quer ou não ficar comigo. Ao ocultar o meu sentimento acabo por ocultar-me a mim mesmo, pois eu não sou outra coisa, a não ser aquilo que passo para os outros, através de minhas atitudes.


 
Se não me sinto feliz, é porque estou brincando às escondidas com a felicidade... Como? Eu escondo o que sinto e o outro não vê firmeza em mim e vai esconder-se também.
Não tem piada alguma, pois nesta brincadeira perdemos os dois... Ao nos olharmos, vamos achar o que o outro quis mostrar e não o que realmente é. Ficamos infelizes, pois por medo de sofrer, escondemos os nossos sentimentos e começámos a viver a ilusão, daquilo que na nossa mente conturbada convém ser. Isso dói e magoa, pois não nos põem em contacto com o amor puro e verdadeiro, mas priva-nos do contato com a própria felicidade. Torna-nos cegos, pois não percebemos o que fizémos para atrair tanto sofrimento. Por medo de sofrer e desiludir-se, ficamos na mão do outro, que poderia aproveitar-se da situação.
E acabamos por não dar a oportunidade de se viver um grande amor.
Passamos, então, a achar que o amor não existe e, realmente, não vai existir para aqueles que fugiram dele por medo de sofrer.

Ao fugir do amor eu não quis vê-lo, fazendo-o sair de meu consciente. Isso fez com que eu perdesse o contacto com esse sentimento.
Não querer ver as coisas na nossa vida, faz com que os sentimentos fiquem retidos, intriorizados no nosso subconsciente, chegando mesmo até a ficar inconscientizados na zona anímica do cérebro.
O fato de perder o contato com aquilo que ficou intriorizado, faz com que não trabalhe o que precisa ser trabalhado.

Mas a vida quer que eu trabalhe as coisas sem fugir delas. Então, aquilo volta, somatizando-se através de distúrbios, doenças que irão causar depressão, ansiedade e outros males, para que eu possa procurar a causa.

Neste momento percebemos alguma coisa desajustada, pois parece que a vida se desencaixou. As coisas não fluem bem, causando uma sensação de vazio interior.
Como os relacionamentos afetivos não se encaixam, fica-se com uma sensação de que falta algo sem que se saiba detectar o que é.
Muitas vezes chega-se a procurar um psicólogo para poder encontrar as respostas, naquilo que não consegue aceder sozinho.
Então... Solte-se, solte a vida, saia do controlo!...

Quando queremos controlar tudo, tudo fica descontrolado, pois as coisas, pessoas e factos, têm um fluxo normal dentro da vida. Quando tentarmos mudar esse fluxo através do nosso controlo, tiramos aquilo do seu caminho natural.
Então a nossa realidade vai ficar distorcida, porque saímos do nosso melhor. O melhor é não segurar nada, não controlar nada e não segurar os sentimentos, emoções e acções, soltando-se pra ser feliz.

Quando ficamos do lado da vida, respeitando o fluxo normal da natureza, passamos a ser respeitados por todos e, principalmente, vamos estar bem conosco!"

 
(Jandira Moraes)

domingo, 4 de novembro de 2012

Ser eu própria para sempre!

E um dia encontramos algo que nos explica:
 
"Quase imperceptivelmente, a certa altura da minha vida, comecei a sentir que, por muitas que fossem as garantias e certezas que a cabeça me dava, havia em mim um coração ansioso, cheio de desejos e dúvidas. E que, para preencher esse vazio aparentemente inexplicável, teria de ousar ouvi-lo, aceitá-lo, acolher-lhe os sinais sem o questionar, admitindo com simplicidade que o caminho deveria ser por onde ele me estava a levar.
 
Para me sentir bem comigo bastará então entusiasmar-me pelo que faço. Mas isso implica aceitar que sou tanto feita de luz como de sombra. Que a capacidade para voar que tenho está assente em pés de barro sem os quais me perco de mim. E que a minha valentia consiste em assumir os meus medos.
 
Houve um dia que, ao começar a escutar sobretudo o meu coração e a obedecer-lhe às ordens, passei a ser dona da minha vida.
 
 
Demorei, no entanto, a aperceber-me de como a luz que me anima está impregnada de sombras que por vezes me tolda o ânimo. E sobretudo a aceitar que não posso pretender eliminar esse lado não luminoso que afinal também tenho.
 
Que só estou inteira, no máximo das minhas potencialidades em tudo o que faço, se fôr fiel a mim própria quaisquer que sejam as circunstâncias da vida. Se confiar em mim, sem medo de mostrar quem sou, o que sinto e o que em cada momento quero - ou não. Se me amar e respeitar sem depender do resultado dos meus actos - e por tabela atrair quem me ame mais pelo que sou do que pelo que tenho.
O que implica ter de me confrontar com algo em mim do que eventualmente não goste ou até me envergonhe. E também com aquilo que critique ou despreze nos que me rodeiam.
 
Através de convites à mudança cuja força superava a da minha resistência - ou até mesmo derrocadas em que muita coisa se desmoronava dentro de mim -, fui então a pouco e pouco descobrindo aquilo que considero ser o compromisso que eu mais gosto de assumir:
 
QUERER SER MINHA PARA SEMPRE!
 
Até porque é só em mim que posso sempre apoiar-me."
 
 
(In "ATALHOS DO AMOR", Mª José Costa Felix)

Duas vezes...

Às vezes dou por mim a pensar se o facto de se demonstrar afecto por alguém, tal não afasta esse alguém de nós...
Nem sempre as pessoas que se cruzam conosco, que estão, que partilham momentos ou o quotidiano, estão preparadas para amar e, consequentemente, para receber amor.
 
E o amor não tem, necessáriamente, de ser um género de equação matemática entre um homem e uma mulher. O amor é muito mais que isso. Estrondosamente mais que isso.
 
Tenho perfeita noção que há quem me considere "alucinada" ou "excêntrica" ou mesmo "fanática". Claro que me rio com tais descrições. O riso confunde ainda mais as pessoas e dá-lhes a certeza de que somos o que não somos.
 
Ninguém nos conhece mais do que nós mesmos. Nem a nossa mãe.
Mas para tal, é preciso que despertemos o nosso "eu", o amor por nós...
E quando tal acontece, o tal despertar, é algo tão imenso e intenso que só apetece partilhar sem pedir nada em troca.
Porque aquilo que somos é infinitamente fantástico.
 
Tantas vezes me apetece dizer "EU AMO-TE", mas as más interpretações de quem ainda não despertou para o AMOR travam-me a vontade de o fazer. E por isso sorrio. Ofereço sorrisos. Sem medo de ser apontada. Porque a sociedade das "pessoas pequenas" aceita melhor um sorriso do que um "EU AMO-TE".
 
E o curioso é que, quanto mais precisamos, mais fugimos. Por medo de perder.
Porque perder é recuar, dizem.
 
Eu??? Eu escolhi amar.
E escolhi perder aquilo que pouco importa.
E  escolhi ganhar aquilo que quase sempre passa ao lado de olhos que não vêem.
No amor ganha-se sempre, entendo eu.
Ganha-se, principalmente, VIDA!
 


sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Rir...

"Já fui a criança inocente que vê alegria na mais simples das flores e aventura em todas as esquinas. O medo não me tocava pois eu era imortal!
Hoje os meus olhos estão cerrados pelas cortinas da dor e nada vejo.
Quanto à esquina… Evito-a andando em frente, pelos caminhos que já conheço e não me podem surpreender!


Não podemos voltar atrás, isso é um facto mas porque é que temos de deixar de brincar? Porque é que temos de perder essa inocência e espontaneidade que tantas alegrias nos trouxeram e ainda podem trazer?
Talvez porque essa seja a maneira que a sociedade encontrou de nos “meter na linha” e formatar.

Aqueles que resistiram e conseguiram guardar alguma candura e continuaram a dar asas à sua criança interior são olhados com reprovação e crítica.
É claro que ser adulto acarreta uma boa dose de responsabilidades e obrigações, mas o corpo humano consegue albergar de tudo um pouco e, com certeza, que também conseguirá encontrar um pouco de espaço para o nosso lado alegre.

Uma boa gargalhada dada com vontade faz com que recarreguemos baterias, faz com que perspectivemos tudo de uma forma leve, já para não falar no bem que faz aos abdominais!"
 
(Vera Xavier)