Estou Aqui...

Um dia destes, não há muito tempo, disseram-me, olhos nos olhos, que estavam marejados de água, para acreditar na minha intuição. Que estava certa. "Se queres, vai à luta, não te arrependas de ser feliz. Tu já és feliz por seres assim!". Foi mesmo assim que me disseram!

Então, no meio da leitura de "Sindicato da Bondade", de Eduardo Sá, aparece este trecho...

De imediato, You got my head spinning!!!

Brevemente e sem tardar:

"Há momentos em que me sinto feliz só por saber que tu existes. Mas depressa eu quero mais e mais, e tremo só de imaginar que, num dia destes, te lamentes por não nos termos encontrado mais cedo, no passado, que é uma forma, delicada, de me dizeres que, cedo demais, se tornou tarde para nós.

Eu aceito que o teu coração nem sempre seja uma magnífica mansarda com uma varanda que dê só para o meu. Aceito, até, que me ponhas, por dentro, em rebuliço. Até te sentir chegar, eu não sabia que o melhor do mundo não se procura... encontra-nos, e mal imaginava que a redenção são sentimentos que, de surpresa, se atropelam. Há momentos em que tudo aquilo que supunha saber se estatela, devagar. E agora, sem saber porquê, descobri que gostar de ti não me move para construirmos o futuro mas me insinua o desejo de conquistar o teu passado. Uma coisa é gostar das formas como gostam de nós e, outra... gostar de ti. Separa-as a diferença entre imaginar que se voa e aprender a voar.

Ontem eu era uma nuvem. Ou um condor. Podia ser uma garça, uma cegonha, uma gaivota. Tanto faz. Ontem podia ser fosse o que fosse, porque ontem, contigo aprendi a voar. Se, porventura, houvesse um paraíso, eu estaria para lá, ainda, da sua mais recôndida fronteira. E tudo porque ontem descobri, contigo, o infinito de nós dois. Fica juntinho ao teu suor sempre que desagua no meu."

A "Cristina" não sou eu, mas podia ser...