Quantidade de Espreitadelas

domingo, 4 de novembro de 2012

Duas vezes...

Às vezes dou por mim a pensar se o facto de se demonstrar afecto por alguém, tal não afasta esse alguém de nós...
Nem sempre as pessoas que se cruzam conosco, que estão, que partilham momentos ou o quotidiano, estão preparadas para amar e, consequentemente, para receber amor.
 
E o amor não tem, necessáriamente, de ser um género de equação matemática entre um homem e uma mulher. O amor é muito mais que isso. Estrondosamente mais que isso.
 
Tenho perfeita noção que há quem me considere "alucinada" ou "excêntrica" ou mesmo "fanática". Claro que me rio com tais descrições. O riso confunde ainda mais as pessoas e dá-lhes a certeza de que somos o que não somos.
 
Ninguém nos conhece mais do que nós mesmos. Nem a nossa mãe.
Mas para tal, é preciso que despertemos o nosso "eu", o amor por nós...
E quando tal acontece, o tal despertar, é algo tão imenso e intenso que só apetece partilhar sem pedir nada em troca.
Porque aquilo que somos é infinitamente fantástico.
 
Tantas vezes me apetece dizer "EU AMO-TE", mas as más interpretações de quem ainda não despertou para o AMOR travam-me a vontade de o fazer. E por isso sorrio. Ofereço sorrisos. Sem medo de ser apontada. Porque a sociedade das "pessoas pequenas" aceita melhor um sorriso do que um "EU AMO-TE".
 
E o curioso é que, quanto mais precisamos, mais fugimos. Por medo de perder.
Porque perder é recuar, dizem.
 
Eu??? Eu escolhi amar.
E escolhi perder aquilo que pouco importa.
E  escolhi ganhar aquilo que quase sempre passa ao lado de olhos que não vêem.
No amor ganha-se sempre, entendo eu.
Ganha-se, principalmente, VIDA!
 


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