"Uma das lições mais importantes da vida é precisamente aprendermos a ser independentes, a compreendermos a liberdade. Ora isso implica independência dos apegos, dos resultados, das opiniões e das expectativas. A libertação dos apegos conduz à plena liberdade. Todavia, libertarmo-nos dos apegos não significa abandonar uma relação de amor e cheia de significado. Significa apenas acabar com a dependência em relação a qualquer pessoa ou a um objecto. O amor nunca é uma dependência.
O amor é um estado absoluto, incondicional e eterno, que nada exige em retorno.
Visto que é importante amar e respeitar-se a si próprio, não deverá permanecer numa relação destrutiva, mesmo se sentir que ama a outra pessoa. Pode acontecer que a ligação com essa pessoa não funciona por causa de problemas do seu parceiro, pela sua falta e compreensão, pela forma como exerce o seu livre-arbítrio. Não se esqueça que o amor não conhece o tempo. Não lhe faltarão oportunidades para voltar a pôr tudo em ordem.
Olhe para a outra pessoa com clareza, não a coloque num pedestal. Os seus pais, os seus professores, os seus modelos, todos eles são pessoas iguais a si, com os seus medos, as suas dúvidas, as suas ansiedades e imperfeições. Cada qual tem uma agenda muito própria e, muitas vezes, você é apenas um peão nos seus jogos. Encare essas pessoas como iguais entre pares, como irmãos e irmãs. O seu julgamento não tem de ter um peso maior. Considere as suas opiniões. Poderão ser pessoas sábias. Poderão ter razão. Mas também podem estar enganadas.
A maior parte das vezes levamos a peito os "disparos" das pessoas que abusam de nós. Mas muito frequentemente somos apenas uns peões substituíveis nos seus dramas neuróticos. Qualquer outra pessoa na sua posição seria tratada da mesma maneira. Não existe nada em si que seja assim tão especialmente nocivo, tão negativo e merecedor de tanto reparo.
Preste atenção à embalagem com que as pessoas se apresentam. As pessoas mais perigosas apresentam-se muitas vezes com uma embalagem extremamente sedutora: são excitantes, divertidas, impulsivas, correm riscos, são de extremos. Muitas vezes, estas características exteriores cegam a visão do coração e não conseguimos ver os perigos. Aprenda a ver com o coração, não com os olhos.
A negação, o acto de não tomarmos consciência dos nossos sentimentos interiores, dos nossos receios e motivações, é o oposto da atenção, do cuidado. Você pode dizer e fazer coisas que podem prejudicar uma relação, mas quando está desperto, quando se conhece verdadeiramente a si próprio, não magoará inadvertidamente a outra pessoa."
(Dr. Brian Weiss - A Divina Sabedoria dos Mestres)
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